Desenho Urbano Sustentável Participativo para a Cidade Resiliente: estratégias para políticas públicas contra violência
Palavras-chave:
Arquitetura sustentável, Clima – Mudanças, Desenvolvimento sustentável, Espaço urbano, Paisagismo – PlanejamentoSinopse
A maioria dos autores que investigam a violência entende o espaço urbano como espaço da violência. Sendo o espaço público o local onde mais ocorrem crimes, é relevante entender a dinâmica urbana, seus componentes morfológicos e o contexto social em que a população está inserida, a fim de elaborar estratégias ambientais de combate à violência. No cenário brasileiro, em que os índices de violência são elevados, mesmo após longo período de melhorias nas condições socioeconômicas das famílias, especialmente as mais pobres, a pesquisa acadêmica muito tem a contribuir para a análise da problemática da violência e para o desenvolvimento de políticas públicas. Acreditamos que, do conhecimento validado pela ciência sobre a distribuição espacial dos crimes – as características populacionais e o entorno físico –, será possível a adoção de medidas mitigadoras da violência em locais que venham a ser submetidos a intervenções urbanas.
Como ancoragem teórica, propomos a integração de saberes oriundos de diversas áreas do conhecimento: Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo Sustentáveis, Planejamento Urbano, Bioclimatismo, Sintaxe Espacial, Educação Ambiental, Direitos Humanos, Políticas Públicas, Conforto Ambiental e Reabilitação Ambiental Sustentável. Com esta pesquisa, buscamos, ainda, contribuir para o início de um programa de reabilitação sustentável do espaço público aberto, lugar natural de encontros que contribuem para a qualidade ambiental urbana. Destacamos que o conceito de reabilitação utilizado está menos ligado à ideia de perda anterior de vitalidade e mais às ideias de ganho e acréscimo de atividades geradoras de recursos econômicos, recuperação de áreas degradadas, resgate de elementos prejudicados e melhoria da qualidade dos espaços. Tomaremos como base a ideia proposta por Romero (2011, p. 18) de que “um meio urbano de qualidade deve ser embasado na análise de desempenho ambiental do espaço público, os elementos qualitativos relevantes que devem ser considerados são o meio ambiente urbano e a estrutura do lugar”.
As pesquisas ambientais e estatísticas serão complementadas com metodologias de tipo qualitativo, a fm de atender às necessidades estratégicas das comunidades vulneráveis e vulnerabilizadas e propor, com base na pesquisa aplicada, ações direcionadas ao incremento da sua vida cívica, promoção de ações de/em educação ambiental e desenvolvimento de projeto sustentável participativo com ações comunitárias baseadas na gestão de recursos, por sua vez informada pelo processamento e pela transformação de dados em Sistema de Apoio à Decisão (SAD) para informar as políticas públicas pertinentes.
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Agência de fomento: Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal
Capítulos
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Apresentação
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Capítulo 1 – Cidades como parte do problema e da solução. Espaços públicos, espaços de amenidade climática
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Capítulo 2 – Um Olhar sobre violência no Distrito Federal (DF)
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Capítulo 3 – DF verde: correlações entre o verde urbano, morfologia e indicadores
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Capítulo 4 – Morfologia urbana, segurança pública e a sensação de medo em Brasília, Distrito Federal
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Capítulo 5 – Paisagismo participativo: o caso do Paranoá Park
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Capítulo 6 – A importância da educação para a sustentabilidade no desenho urbano das cidades: antes, durante e depois
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Sobre os autores
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Referências
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