Alexandre Rodrigues Ferreira
Palabras clave:
BiografiaSinopsis
Emílio Goeldi registrou os principais aspectos da vida e da obra de Alexandre Rodrigues Ferreira impelido por um “espírito de
corporação, a profunda compaixão a um colega, cujos merecimentos nõo foram devidamente apreciados nem pelos contemporâneos nem pela posteridade".
Através do texto de Emílio Goeldi o leitor perceberá que a biografia de Alexandre Rodrigues Ferreira prefigura um padrão no qual se enquadram freqüentemente as vidas de cientistas em condições sociais e econômicas instáveis.
A expulsão dos jesuítas de Portugal em 1759 coloca a universidade portuguesa em contato com a ciência dos países mais avançados da época. Como resultado, passa, em 1768, por uma profunda reforma. É nesse ambiente idealista, de mudanças, que o jovem Alexandre Rodrigues Ferreira opta por uma carreira científica.
É interessante que se observe, ao mesmo tempo, que o naturalista Emílio Goeldi sofreria problemas análogos aos de seu biografado.
A instituição à qual dedicara tanto parte de sua vida, o Museu Paraense (hoje Museu Paraense Emílio Goeldi), tivera um declínio drástico com o fim do ciclo da borracha na Amazônia, muitas de suas obras não chegaram a ser divulgadas como deveriam e — como o Museu da Ajuda, o Museu Paraense sofreria saques: em momentos de total abandono administrativo, após a morte de Goeldi, o Museu, se não foi saqueado por tropas estrangeiras, teve suas coleções e biblioteca esvaziadas por pessoas que se serviam dos mais diversos pretextos.
Goeldi refere-se a Alexandre Rodrigues Ferreira como “manta da ciência”. A publicação de obras clássicas pertencentes ao Museu Paraense Emílio Goeldi, assim como de outras, representativas da tradição naturalista, é uma homenagem a Alexandre Rodrigues Ferreira e a todos os cientistas que, diante de condições sociais adversas, lutam por manter viva e desenvolver a pesquisa científica.
Capítulos
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Apresentação
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Bibliografia de Alexandre Rodrigues Ferreira
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Introdução
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Capítulo I. Algumas notícias sobre a vida de Alexandre R. Ferreira
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Capítulo II. Os trabalhos de Alexandre R. Ferreira, especialmente aqueles relacionados com a zoologia, botânica e etnografia amazônicas
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Capítulo III. O Itinerário da Viagem Filosófica no Rio Negro, segundo o respectivo “Diário”
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Capítulo IV. Fragmentos sobre etnografia e zoologia amazônicas, extraídos do mesmo “Diário”
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Capítulo V. Outros fragmentos
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Capítulo VI. O que eu penso acerca da moléstia que sofreu Alexandre Rodrigues Ferreira nos seus últimos anos de vida
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Capítulo VII. Apreciação de Alexandre Rodrigues Ferreira como escritor, geógrafo, etnógrafo, naturalista e economista
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Capítulo VIII. Observações finais
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Notas
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Post-Scriptum
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