Juízos estéticos : Kant e a arte moderna

Autores

Priscila Rossinetti Rufinoni
Universidade de Brasília (UnB)

Palavras-chave:

Kant, Immanuel, 1724-1804, Estética, Juízos estéticos, Arte moderna

Sinopse

Este livro busca pensar os juízos estéticos da terceira Crftica de Kant em relação aos discursos sobre a arte moderna. De maneira didática, o texto relaciona tais juízos à utopia da modernidade e às suas consequências (e críticas) contemporâneas, por meio de uma apresentação geral do pensamento kantiano, de sua fase pré-crítica às três Críticas - a do entendimento, da razão prática e, finalmente, a do juízo. Não se trata, porém, de uma análise pormenorizada do pensamento de Kant propriamente, mas da exposição de várias interpretações que este recebeu ao inaugurar um outro espaço para a Estética, principalmente no que se refere à arena comunitária pública - O' museu, por exemplo - na qual se agenciam os juízos. Esse novo espaço comunitário faz da arte meio de reflexão. E é essa característica aberta ãs potencialidades judicativas, polêmicas, que toma possível uma arte ao mesmo tempo universal e sem regras fixas. Mais do que pensar a arte como "livre jogo", o como “bela" e como "finalidade sem fim’’, pontos nodais da Critica de Kant, sem dúvida, interessa-nos investigar a perspectiva autorreflexrva que os juízos estéticos permitem. A interpretação do objeto-arte moderno não seria, em última instância, o exercício comunitário de um juízo de reflexão compartilhado?

Capítulos

  • Introdução: os juízos estéticos segundo a arte moderna
  • Capítulo 1. As Críticas de Kant e o novo lugar da disciplina Estética
  • Capítulo 2. A herança moderna dos juízos estéticos
  • Para concluir
  • Glossário
  • Bibliografia comentada
  • Bibliografia

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANDUJAR, Claudia. Marcados. São Paulo: Cosac Naify, 2009.
ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna – do Iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução de Denise Bottmann e Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
ARISTÓTELES. Poética. Tradução de Paulo Pinheiro. São Paulo: Editora 34, 2015.
BENJAMIN, Walter. O conceito de crítica de arte no romantismo alemão. Tradução de Márcio Seligmann-Silva. São Paulo: Iluminuras, 1993.
BURKE, Edmund. Uma investigação filosófica sobre a origem de nossas ideias do sublime e do belo. Tradução de Enid Abreu Dobránszky. 2. ed. Campinas: Papirus; Unicamp, 2013.
CHIPP, Herschel B. Teorias da arte moderna. Tradução de Waltensir Dutra. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
DANTO, Arthur. Andy Warhol. Tradução deVera Pereira. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
DANTO, Arthur. A transfi guração do lugar-comum. Tradução de Vera Pereira. São Paulo: Cosac Naify, 2010.
DEFOE, Daniel. Robinson Crusoé. Tradução de Domingos Demasi. Rio de Janeiro; São Paulo: Record, 2004.
DELEUZE, Gilles. A filosofia crítica de Kant. Tradução de Germiniano Franco. Lisboa: Edições 70, s/d.
DELEUZE, Gilles. La philosophie critique de Kant (Doctrine des facultés). Paris: PUF, 1971.
DUVE, Thierry de. Kant (d’) après Duchamp. In: DUVE, Thierry de. Au nom de l’art: pour une archéologie de la modernité. Paris: Minuit, 1998.
DUVE, Thierry de. A arte diante do mal radical. Tradução de Juliana Moreira. Revista Ars, São Paulo, v. 7, n 13, 2009.
FABRIS, Annateresa; ZIMMERMANN, Silvana Brunelli. Bibliografia comentada – arte moderna. São Paulo: Experimento, 2001.
GREENBERG, Clement. Vanguarda e kitsch. Tradução de Otacílio Nunes. In: Arte e cultura. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
GREENBERG, Clement. A pintura modernista. Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. In: Clement Greenberg e o debate crítico. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
HABERMAS, Jürgen. O discurso filosófico da modernidade. Tradução de Luís Repa e Rodnei Nascimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
HARRISON, Chares; WOOD, Paul; GALGER, Jason (org.). Art in theory 1648-1871: an anthology of changing ideas. Malden, MA: Blackwell Publ., 2003.
HUGO, Victor. Prefácio a Cromwell. Do sublime e do grotesco. Tradução de Célia Berrettini. São Paulo: Perspectiva, 2007.
KAYSER, Wolfgang. O grotesco. Tradução de J. Ginzburg. São Paulo: Perspectiva, 1986.
KANDINSKY, Wassily. Ponto, linha, plano: contribuição para a análise dos elementos picturais. Tradução de José Eduardo Rodil. São Paulo: Martins Fontes, s/d.
Jean-François. Resposta à questão: o que é o pós-moderno?. Tradução de Otília Fiori Arantes. Arte em Revista, CEAC – Centro de Estudos de Arte Contemporânea, ano 5, n. 7, 1983.
LYOTARD, Jean-François. Lições Sobre a Analítica do Sublime. Tradução de Constança Marcondes Cesari e Lucy R. Moreira Cesar. Campinas: Papirus, 1993.
LYOTARD, Jean-François. O inumano: considerações sobre o tempo. Tradução de Ana Cristina Seabra e Elisabete Alexandre. Lisboa: Estampa, 1990.
MOLINA, Camila. Marcados para viver nas fotos de Claudia Andujar. O Estado de São Paulo, 4 set 2009. Disponível em: http://cultura.estadao.com.br/noticias/artes,marcados-para-viver-nas-fotos-de-claudia-andujar,429311. Acesso em: jan. 2018.
PANOFSKY, Erwin. Idea: a evolução do conceito de Belo. Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
PAZ, Otávio. Marcel Duchamp, ou O Castelo da Pureza. Tradução de Sebastião Uchoa Leite. São Paulo: Perspectiva, 1977.
PERRY, Gill et al. Primitivismo, cubismo, abstração: começo do século XX. Tradução de Octacílio Nunes. São Paulo: Cosac Naify, 1998. (Coleção Arte moderna – práticas e debates).
READ, Hebert. As origens da forma na arte. Tradução de Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Zahar, 1967.
RUFINONI, Priscila Rossinetti. Julgar sem preceptiva, julgar pelo universal, glosas modernistas a Kant. Trans/Form/Ação, Marília, v. 33, n. 2, p. 95-112, 2010.
SCHELLING, Friedrich von. Obras escolhidas. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho. 5. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1991. (Os pensadores).
SCHELLING, Friedrich von. Filosofia da Arte. Tradução de Márcio Suzuki. São Paulo: Edusp, 2001.
SCHILLER, Friedrich von. Carta para a educação estética do homem. Tradução de Roberto Schwarz e Márcio Suzuki. São Paulo: Iluminuras, 1989.
SCHILLER, Friedrich von. Poesia ingênua e sentimental. Tradução de Márcio Suzuki. São Paulo: Iluminuras, 1991.
SCHLEGEL, Friedrich. Conversa sobre a Poesia e outros fragmentos. Tradução de Victor-Pierre Stirnmann. São Paulo: Iluminuras, 1994.
SCHLEGEL, Friedrich. O dialeto dos fragmentos. Tradução de Márcio Suzuki. São Paulo: Iluminuras, 1997.
SUZUKI, Márcio. O gênio romântico: crítica e história na filosofia em Schlegel. São Paulo: Iluminuras/Fapesp, 1998.
SUZUKI, Márcio. Camões em alemão. Folha de São Paulo, 21 maio 2000.
TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda Europeia e Modernismo Brasileiro: apresentação e crítica dos principais manifestos vanguardistas. Rio de Janeiro: Vozes, 1972.
TOLLE, Oliver. O nascimento da estética no século XVIII. São Paulo: Clandestina, 2015.
VASARI, Giorgio. Vida de Michelangelo Buonarroti. Notas e tradução de Luiz C. Marques Filho. Campinas: Editora da Unicamp, 2011.

Downloads

Publicado

maio 5, 2020