Um grito no ar: comunicação e criminalização dos movimentos sociais

Autores

Elen Cristina Geraldes (ed)
Universidade de Brasília (UnB)
https://orcid.org/0000-0003-0073-2001
Janara Kalline Leal Lopes de Sousa (ed)
Universidade de Brasília (UnB)
https://orcid.org/0000-0002-9056-5827
Ruth de Cássia dos Reis (ed)
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
Vanessa Negrini (ed)
Universidade de Brasília (UnB)
https://orcid.org/0000-0002-4195-1115

Palavras-chave:

Comunicação, Movimentos Sociais

Sinopse

Neste volume, 40 lideranças de movimentos sociais de diversos segmentos respondem: Como os Movimentos Sociais são noticiados pela imprensa do seu país? Há diferenças entre os veículos? De alguma forma a imprensa do seu país contribui para a construção de uma imagem estereotipada dos Movimentos Sociais? Consegue identificar as vinculações políticas e ideológicas dos principais veículos de comunicação do seu país? Há diferença da cobertura dos Movimentos Sociais pela imprensa do seu país e da mídia internacional? Qual a importância da imprensa para os Movimentos Sociais e quais as estratégias de comunicação possíveis de serem adotadas para se dialogar diretamente com a sociedade?

Este trabalho de perscrutação realizado por ângulos diversos apresenta pontos de convergência importantes como o que revela a oposição sistemática e generalizada da mídia tradicional aos movimentos sociais, sobretudo do Jornalismo, que minimiza, ridiculariza e, algumas vezes, confronta e criminaliza esses movimentos. Torna-se assim evidente o que os defensores da democratização dos meios de comunicação há muito denunciam: a falta de pluralidade e diversidade de conteúdos e formatos, o pensamento único que viceja nos veículos de comunicação e a exclusão das diferenças e dos projetos provindos dos movimentos sociais. Também fica evidenciado que o movimento social não tem sido indiferente às transformações do campo da comunicação, especialmente após o ingresso das tecnologias digitais e das mídias sociais. A possibilidade de lançar mão dos instrumentos de comunicação que se colocaram disponíveis mais contemporaneamente não apenas renova as trocas de informação como também fortalece novos vínculos e cria novas formas de articulação, mobilização e participação que enriquecem as lutas e diversificam as bandeiras voltadas para a promoção da cidadania e construção de uma esfera pública mais democrática.

Mais do que o registro do momento histórico ou uma crítica à atuação midiática, estabelece-se um convite para novas leituras. Algumas pistas mostram-se especialmente férteis, sobretudo a da análise das estratégias discursivas dos veículos, que habilmente falam e calam em busca de determinados efeitos, e o diálogo das mídias tradicionais com as redes sociais, pautando-se e sendo pautadas no reforço de ou no embate com diferentes visões de mundo.

Fonte: https://faclivros.wordpress.com/2018/07/12/um-grito-no-ar-comunicacao-e-criminalizacao-dos-movimentos-sociais/

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Biografia do Autor

Elen Cristina Geraldes, Universidade de Brasília (UnB)

Jornalista e mestra em Comunicação pela Universidade de São Paulo, doutora em Sociologia pela UnB, é professora-adjunto III da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília, onde atua no curso de Comunicação Organizacional, e pertence ao seu Núcleo Docente Estruturante. Membro efetivo do Programa de Pós Graduação de Comunicação da FAC/UnB, leciona a disciplina Metodologia e orienta estudantes de mestrado e doutorado. Pertence à linha de Políticas de Comunicação e Cultura e coordena o Laboratório de Políticas de Comunicação da UnB. É vice-coordenadora do GT Políticas e Estratégias de Comunicação da Intercom. Suas linhas de interesse são Lei de Acesso à Informação, Políticas de Comunicação e Comunicação Pública.

Janara Kalline Leal Lopes de Sousa, Universidade de Brasília (UnB)

Jornalista (2000) e mestre em Comunicação (2003), pela Universidade de Brasília (UnB). Fez Doutorado em Sociologia (2009), na linha de pesquisa Educação, Ciência e Tecnologia, também pela UnB, e, em 2008, fez estágio de doutoramento na Universitat de Barcelona, em Barcelona, na Espanha. Atualmente, é professoraadjunta do curso de Comunicação Organizacional e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, da Faculdade de Comunicação, UnB. No PPGCOM, atua na linha de pesquisa Políticas de Comunicação e Cultura. Também é membro do grupo de pesquisa LapCom ? Laboratório de Políticas de Comunicação. Suas áreas de interesse são: governança da internet, direito à comunicação, direito à informação, liberdade de expressão, políticas de comunicação e Lei de Acesso à Informação. Atualmente, está fazendo pós-doutorado sobre o papel da sociedade civil na governança da internet, no Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CESC), Universidade do Minho, Portugal.

Ruth de Cássia dos Reis, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Jornalista, graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Espírito Santo (1981), mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1996) e doutora em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002). É professora da Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Comunicação Social, desde 1990, atuando no curso de graduação em Jornalismo e compõe a equipe de professores permanentes do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades. Coordena o Grupo de Estudos e Pesquisa em Comunicação, Cultura e Discurso, tendo como temas principais
os processo discursivos em rede, jornalismo e políticas de comunicação.

Vanessa Negrini, Universidade de Brasília (UnB)

Doutoranda e mestre em Políticas de Comunicação, pela Universidade de Brasília - UnB; bacharel em Comunicação Organizacional pela Universidade de Brasília - UnB (2013); mais de 15 anos de atuação em assessorias de comunicação, com foco políticoorganizacional, gestão de crises e planejamento, sobretudo em entidades de classe. Elaborou estratégias e coordenou a comunicação de campanhas eleitorais para prefeito municipal, deputado distrital, presidentes de associações de classe e membro de Tribunal Superior. Editora
executiva da Revista Brasileira de Políticas de Comunicação (RBPC).

Miguel Stedile, Instituto de Educação Josué de Castro (IEJC)

Hoje, eu coordeno o Instituto de Educação Josué de Castro, em Veranópolis (RS), mas atuei no setor de comunicação de 1997 a 2010 e na coordenação do setor por sete anos. Entrei no MST através da minha família, que participou da fundação do Movimento e passei a militar no MST no início de 1997 aqui no RS, que é onde eu construí minha militância. A partir de 2001, eu assumi algumas tarefas no setor nacional, onde permaneci até 2010. Sou formado e pósgraduado em História, mas antes eu comecei o curso de Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS) e na Universidade do Rio Sinos (Unisinos), mas não concluí. Cheguei a cursar cinco anos de Jornalismo.

Iris Pacheco, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

Sou filha de assentado, cresci na primeira área de assentamento do MST da Bahia, então o meu envolvimento com o MST vem da minha família, que ajudou a fundar o MST no estado da Bahia. A partir deste processo, envolvi-me nas atividades internas de Cultura, Comunicação e Juventude de dentro do assentamento. Em 2007, eu contribuí na secretaria regional do MST e depois com o coletivo estadual de Juventude, Comunicação e Cultura. Em 2009, eu entro no curso de Jornalismo da Terra, promovido pela Universidade Federal do Ceará em parceria com o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). Formei em 2013. Neste período de estudos, atuei na assessoria de comunicação do Escritório do MST em Brasília e, atualmente, faço parte da coordenação nacional do setor, compondo também a Direção Nacional do MST. Sou também especialista em Teologia das Religiões Afrobrasileiras e estou cursando uma especialização em Estudos Latinoamericanos, promovido pela Universidade Federal de Juiz de Fora e Escola Nacional Florestan Fernandes.

Mayrá S. Lima, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) / Universidade de Brasília (UnB)

Jornalista, mestra em Ciências Sociais e doutoranda em Ciência Política na Universidade de Brasília. É pesquisadora do grupo Democracia e Desigualdades (Demodê). Também é integrante do setor de comunicação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

Felipe Canova Gonçalves, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) / Universidade de Brasília (UnB)

Doutorando em Comunicação (PPGCOM-UnB) e professor da Licenciatura em Educação do Campo, campus
Planaltina da Universidade de Brasília, nas áreas de audiovisual, artes visuais e comunicação comunitária. Integra o Coletivo Nacional de Cultura do MST.

Bárbara Gonçalves das Virgens, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)

Graduada em História pela UnB, mestre em Ciência Política pela Sorbonne Nouvelle, atuou pela Cruz Vermelha em projetos de mitigação dos efeitos da violência urbana no Rio de Janeiro; além de assessorar projetos do Centro de Memória, Paz e Reconciliação de Bogotá e da Christian Aid em apoio às famílias afetadas pelo conflito colombiano. Atualmente realiza pela PUC-Rio uma pesquisa sobre as representações da menoridade na imprensa carioca

Thiago Sebastiano de Melo

Graduado em Turismo, Mestre em Geografia e Doutorando em Geografia pela Universidade Federal de Goiás. Pesquisa e milita com os movimentos sociais, notadamente com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

Alexandre Marcelo Bueno, Universidade de Franca (UNIFRAN)

Linguista pela Universidade de São Paulo, realizou seu mestrado e doutorado em Semiótica e Linguística Geral na mesma instituição. Fez estágio de doutoradosanduíche na Université Paris 8. Foi professor visitante da Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL), onde ministrava aulas de língua portuguesa e, nas horas
vagas, procurava conhecer as diversidades política, cultural e linguística do país. Cumpriu estágio de pós-doutorado no Centro de Pesquisa Sociossemiótica (CPS) na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Atualmente, é professor colaborador do Mestrado em Linguística da Universidade de Franca (UNIFRAN). Organizador (com Oriana de Nadai Fulaneti) dos livros “Linguagem e Política” (dois volumes). Suas pesquisas são direcionadas para os temas da imigração, intolerância linguística e sociossemiótica. Mais recentemente, está interessado em questões da política contemporânea e do universo lusófono. Em tempos de crise das instituições políticas, sociais e culturais, estudiosos das humanidades devem ser convocados por diversas razões. Dentre eles, destaca-se o pesquisador da língua(gem), que tem como função desvelar o sentido, isto é, perscrutar as relações simbólicas e semissimbólicas que são construídas no dito, a partir das maneiras de dizer. Logo, semelhantemente aos poetas, como diria Carlos Drummond de Andrade, o estudioso das teorias do texto e do discurso “penetra surdamente no reino das palavras”.

Marcos Rogério Martins Costa, Universidade de São Paulo (USP)

Doutorando no Programa de Pós-graduação em Semiótica e Linguística Geral da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP). Desenvolve um estudo sobre as manifestações populares de rua, em especial os protestos das Jornadas de Junho de 2013, a partir de um viés semiótico.

Ana Júlia Ribeiro

Estudante secundarista de Curitiba e passou a ser o rosto do
movimento estudantil após discursar em favor das ocupações na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, durante as ocupações das escolas secundaristas ocorridas no segundo semestre de 2016, contra a PEC 241. Ana Júlia, uma jovem de então 16 anos, subiu à tribuna para defender a ocupação no Colégio Estadual Senador Manuel Alencar Guimarães, após o falecimento de Lucas Eduardo
Araújo Mota, um estudante de 16 anos morto em uma escola ocupada em Santa Felicidade, também em Curitiba. O vídeo com o discurso dela e as respostas que deu aos deputados que tentaram silenciá-la viralizou na internet e foi reproduzido em vários veículos de comunicação nacional e internacional, como El País, CNN e BBC. A jovem foi considerada pela revista Forbes como “o rosto da
juventude brasileira”.

Luísa Martins Barroso Montenegro, Universidade de Brasília (UnB)

Doutoranda da linha de Políticas de Comunicação e de Cultura da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília. É mestra em Comunicação pela mesma instituição, com o trabalho “As representações das populações indígenas na TV Brasil nas perspectivas da pluralidade e diferença cultural” (2017). Graduou-se em Comunicação Organizacional, também na UnB, em 2014. Foi aluna de Iniciação Científica no período de 2012 a 2013. É parte do
grupo de pesquisa “Laboratório de Políticas de Comunicação – LaPCom”. Tem interesse nas áreas de radiodifusão pública, cidadania, questões de gênero e étnico-sociais

Natália Oliveira Teles, Universidade de Brasília (UnB)

Doutoranda da linha de Políticas de Comunicação e de Cultura da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Comunicação Organizacional e estudos de pluralidade e diversidade étnico-racial. Mestre em Políticas de Comunicação e de Cultura pelo Programa de PósGraduação em Comunicação da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília. Possui graduação em Comunicação Organizacional pela Universidade de Brasília.

Luana Ferreira Alves, Universidade de Brasília (UnB)

Possui graduação em História pela Universidade Estadual de Goiás (2008). Pós-graduada em Ecologia e Perícia Ambiental, pela Faculdade de Meio Ambiente e Tecnologias de Brasília - Famatec. Atualmente cursa graduação em Comunicação Organizacional e mestrado em Políticas de Comunicação e de Cultura, na Universidade de Brasília. Profissionalmente atua em projetos culturais, nas áreas de gestão e planejamento, produção logística e em arteeducação, em exposições de museus e galerias de arte, em Brasília-DF

Aninho Mucumdramo Irachande, Universidade de Brasília (UnB)

É natural de Moçambique e se radicou no Brasil tornando-se Professor Adjunto de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade de Brasília - UnB, do Instituto de Educação Superior de Brasília - Iesb, da Universidade Católica de Brasília - UCB e do Centro Universitário de Brasília - Uniceub. Sua visão de origem africana, esse distinto olhar, se imbrica com a temática plural proposta pelo livro. Irachande é Doutor em Política e Gestão Ambiental e Desenvolvimento pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (CDS/UnB), Mestre em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB) na Faculdade de Estudos Sociais Aplicados (1996) e Graduado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB) na Faculdade de Estudos Sociais Aplicados (1993). É Consultor de projetos de Desenvolvimento Local e Meio Ambiente, Consultor de elaboração de Programas de Governo e de Cooperação Internacional. Coordenador do Curso de Relações Internacionais do IESB de 2002 a 2012. Membro do Núcleo de Pesquisas em Ciência Política (NP3-CEAM), integrante do Centro de Altos Estudos em Governo (CEAG), do Grupo Interdisciplinar de Pesquisas em Políticas Públicas (GIPP). Atualmente é Vice-Diretor do Instituto de Ciência política da Universidade de Brasília (IPOL/UnB).

Rodolfo Ward, Universidade de Brasília (UnB)

Mestrando em Artes Visuais pela Universidade de Brasília- UnB, Pós graduando em Análise de Políticas Públicas pelo IPOL/UnB, Graduado em Comunicação Social, Autor da obra Wawekrurê: distintos olhares, editado pela Editora do Senado Federal, e do livro Narrativas e Representatividades: a interdisciplinaridade na Comunicação, editado pela Editora da Universidade Federal do Tocantins - EDUFT.

Beatriz Vargas Ramos Gonçalves de Rezende, Universidade de Brasília (UnB)

Mineira da cidade de Tombos, Beatriz Vargas é professora do Programa de PósGraduação em Direito da Universidade de Brasília (UnB), onde se doutorou em 2011. A sua participação é ativa no campo dos direitos humanos e sociais. Entre outras atividades, ela integra a Comissão Anísio Teixeira de Memória e Verdade, o Grupo Candango de Criminologia, o Centro de Estudos em Desigualdade e Discriminação, o Núcleo de Estudos sobre Violência e Segurança, todos ligados à UnB. Foi membro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça. Recentemente, um manifesto de mulheres e coletivos sociais lançou-a como anticandidata à ministra do Supremo Tribunal Federal, em protesto contra nomes que circulavam como possíveis indicados do presidente da República. O documento teve a adesão de mais de 5.000 pessoas, entre professores, estudantes, jornalistas, artistas, economistas, políticos, juízes e advogados. Defensora da comunicação pública, ela publica textos na imprensa alternativa.

Bruno Lara, Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (UFRJ/IBICT)

Jornalista da UnBTV e doutorando em Ciência da Informação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (UFRJ/IBICT)

Brunela Vincenzi, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

Brunela Vincenzi é advogada, professora do Departamento de Direito da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes/Brasil) e militante na área dos Direitos Humanos. Fez mestrado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e empreendeu algumas reflexões sobre o ambiente elitista e excludente da Academia, sentindo-se impulsionada a estudar o Direito como um fundamento de melhora na vida das pessoas, que poderia servir para a paz e pacificação social, por exemplo. Em seguida, passou dez anos na Alemanha, onde cursou Doutorado e trabalhou em uma associação de apoio às mulheres estrangeiras, principalmente imigrantes brasileiras. Brunela afirma que o “estalo” para seu engajamento em defesa dessas mulheres aconteceu quando uma delas afirmou que preferia as condições de vida numa penitenciária alemã que a liberdade em seu local de origem, em periferias do Brasil. Desde então, desenvolve um trabalho junto aos refugiados que chegam ao Espírito Santo.

Gabriela Santos Alves, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

Professora do Departamento de Comunicação Social e do Programa de Pós Graduação em Comunicação e Territorialidades da UFES e pós doutoranda em Comunicação e Cultura (Eco-UFRJ). É feminista e no campo da realização audiovisual dirigiu e roteirizou o curta metragem C(elas), que trata da relação entre maternidade e ambiente prisional; atualmente desenvolve roteiro de longa metragem sobre o mesmo tema e coordena equipe que desenvolve documentário sobre a condição dos refugiados no Espírito Santo. Áreas de interesse acadêmico: cultura audiovisual, feminismo e memória.

Pâmela Rocha Vieira, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

Jornalista e mestranda do Programa de Pós Graduação em Comunicação e Territorialidades da Universidade Federal do Espírito Santo (Poscom Ufes). Tem como objeto de dissertação, especificamente, a misoginia sofrida por Dilma Rousseff no contexto do processo de impeachment.

Carla Cerqueira, Universidade Lusófona do Porto

Depois de passar por uma das mais longas ditaduras da Europa, Portugal ainda sente seus reflexos, mesmo 43 anos depois, em especial nas temáticas que envolvem os Movimentos Sociais, as mídias e a igualdade de gênero. Essa é uma das percepções da professora Carla Cerqueira, da Universidade Lusófona do Porto, e que realiza pós-doutoramento na CECS (Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade) na Universidade do Minho. Ela colabora com vários movimentos sociais de direitos humanos, integra o Conselho de Opinião da RTP (Rádio e Televisão de Portugal) e foi vice-presidente da Secção de Gênero e Comunicação da Associação Europeia de Investigação em Educação e Comunicação. Carla diz que Portugal ainda se constitui uma sociedade com histórico machista, e com pouca compreensão qualificada nas mídias sobre os movimentos de igualdade de gênero. Apesar de avanços, o espaço midiático português visibiliza desigualdades sociais e as legitima, com discursos sexistas, xenóbofos, racistas.

José Cristian Góes, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Jornalista, mestre em Comunicação/UFS (Criminalização da pobreza no jornalismo) e é doutorando em Comunicação na UFMG, com estágio doutoral na Universidade do Minho, em Braga, Portugal. É militante social no campo da Comunicação e investiga sobre jornalismo, identidades e a construção do visível e do invisível.

Caroline Kraus Luvizotto, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp)

Caroline Kraus Luvizotto é uma pesquisadora que vem se destacando nos estudos sobre cidadania, movimentos sociais, ativismo, participação política e social e os meios de comunicação. Socióloga, doutora em Ciências Sociais pela Unesp (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”), atua como docente
na mesma instituição, integrando o corpo docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Autora de artigos, livros e capítulos de livro que abordam a temática, é líder do Grupo de Pesquisa Comunicação Midiática e Movimentos Sociais – ComMov, tendo orientado pesquisas científicas sobre esses temas nos últimos anos. Num Brasil repleto de conflitos políticos, sociais,
ideológicos e culturais, onde movimentos sociais e ativistas são marginalizados e criminalizados, é fundamental ouvir pesquisadores que se dedicam a compreendê-los e ressignificá-los. A entrevistada pode contribuir para uma reflexão interdisciplinar e atual sobre os movimentos sociais na contemporaneidade.

Priscila Santana Caldeira, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp)

Jornalista, mestre em Comunicação pela UNESP. Na dissertação pesquisa o enquadramento do movimento grevista dos professores do Paraná nos jornais Brasil de Fato e na Folha de S. Paulo. É membro do grupo de pesquisa Comunicação Midiática e Movimentos Sociais da UNESP.

Cicilia M. Krohling Peruzzo

Cicilia Peruzzo é graduada em Comunicação Social, habilitação Relações Públicas, pela Faculdade de Comunicação Social Anhembi, fez mestrado em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo e doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1991). Realizou pósdoutorado na Universidade Nacional Autônoma do México (2009). Dedica-se especialmente aos estudos da comunicação popular, alternativa e comunitária, da mídia regional e local e suas interfaces no processo de ampliação do exercício da cidadania. Investiga também temas de Relações Públicas relacionados às transformações no capitalismo e sua inserção no chamado terceiro setor, com ênfase na perspectiva crítica e comunitária. Sempre buscando ultrapassar os limites das conjunturas, ela acompanha as transformações nas manifestações comunicacionais procurando perceber as novas feições de comunicação forjadas pelos segmentos subalternos organizados. Foi assim que Cicilia não deixou escapar o surgimento das emissoras de rádio e de televisão comunitárias enquanto meios capazes de democratizar a comunicação e contribuir para ampliar o exercício da cidadania. É autora dos livros Relações públicas no modo de produção capitalista; Comunicação nos movimentos populares: a participação na construção da cidadania; e Televisão comunitária: a participação cidadã na mídia local, além de organizadora de diversas coletâneas de Comunicação. Publicou muitos artigos em revistas científicas no País e no Exterior.

Ana Carolina Rocha Pessôa Temer, Universidade Federal de Goiás (UFG)

Professora do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Faculdade de Informação e Comunicação da UFG. Doutora em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo (2001). Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Jornalismo e Editoração, atuando principalmente nos seguintes temas: Teorias da Comunicação, Televisão, Telejornalismo e Gêneros Jornalísticos. Líder do Grupo de Pesquisa Televisão e Cidadania da UFG. Autora dos livros ‘Para entender as teorias da comunicação’ e ‘A televisão em busca da interatividade’.

Claudia Santiago Giannotti, Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC)

Claudia Santiago Giannotti é jornalista e historiadora. Carioca, nascida em 1962, é destacada jornalista sindical – foi assessora de comunicação da CUT-RJ por 20 anos. Entre 1983 e 1984, foi assessora de comunicação para assuntos comunitários nas Prefeituras de Petrópolis (RJ) e Vila Velha (ES). Nos anos 90, ao lado de Vito Giannotti, fundou o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), organização cujo objetivo é incentivar e melhorar a comunicação de movimentos sociais e sindicatos. Coordenadora do NPC atualmente, Claudia produziu jornais e escreveu livros, como “Experiências em comunicação popular no Rio de Janeiro ontem e hoje”. É consultora da Livraria Antonio Gramsci. O trabalho desenvolvido por Claudia Giannotti à frente do NPC a coloca em contato permanente com uma ampla rede de movimentos sociais de todo o país. Por meio de boletins, redes sociais e do curso anual do NPC, as lutas e a criminalização dos movimentos sociais são temas frequentes de crítica e debate. Em síntese, a entrevistada atua para capacitar a comunicação comunitária na disputa pela hegemonia, contribuindo para o combate à exclusão de setores populares da sociedade.

Carlos Henrique Demarchi, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp)

Doutorando e mestre em Comunicação na Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Bauru. Estuda a democratização da comunicação no Brasil, atuando na linha de pesquisa “Gestão e políticas da informação e da comunicação ”

Dário Bossi, Igreja Católica

Padre Dário Bossi chegou à cidade de Açailândia-MA, distante 550 km da capital maranhense, no segundo semestre de 2007. O padre católico da congregação dos Missionários Combonianos, junto com outros membros da igreja, foi trabalhar numa localidade assolada pela migração e a pobreza. Desde os anos 80, a mineradora Vale e outras empresas levavam minério de ferro, unindo Parauabepas-PA ao Porto de São Luís-MA. Essas ações estavam gerando poluição, mortes e devastação ambiental nas comunidades cortadas pelos trilhos. Bossi foi um dos personagens centrais de uma ampla mobilização em favor das comunidades impactadas, sobretudo através da rede Justiça nos Trilhos, fundada com a colaboração dele ainda em 2007. Em dez anos de atuação já denunciou o Estado brasileiro na ONU e na Comissão Interamericana de Direitos Humanos por violações de direitos decorrentes das atividades do Programa Grande Carajás e conseguiu afirmar na justiça o processo de reassentamento comunitário do bairro industrial de Piquiá de Baixo. Bossi é blogueiro e militante da justiça ambiental. Atua na defesa dos direitos humanos em organizações do Brasil e da América Latina.

Mikaell de Souza Carvalho

Jornalista graduado em Comunicação Social - Habilitação Jornalismo pela Universidade Federal do Maranhão, campus Imperatriz.

Roseane Arcanjo Pinheiro, Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Professora adjunta do Curso de Comunicação Social - Habilitação Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão, campus Imperatriz. Doutora em Comunicação pela PUCRS. Mestre em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo.

Deolinda Carrizo

Indígena de Santiago Del Estero (Argentina), aos 19 anos passou a integrar o setor de comunicação de movimentos indígenas na Argentina e colaborou na juventude para criação de 06 rádios comunitárias. Responsável pelo setor de juventude da Via Campesina Internacional (2004-2012), em 2013 assume a coordenação nacional da Associação Mundial de Rádios Comunitárias, com forte papel na discussão e aprovação da Ley de Médios Argentina. Integra o setor de comunicação da Via Campesina desde 2013 - articulação com 84 organizações campesinas, indígenas e de trabalhadores rurais de todo continente americano. Deolinda é um exemplo de olhar e prática de comunicação de forma orgânica. Com ensino médio completo ela coordena a política de comunicação da Via Campesina internacional e faz denúncias da atuação dos meios na criminalização de lideranças, lutas sociais e movimentos populares.

Lizely Borges, Universidade de Brasília (UnB)

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade de Brasília (2016), linha Políticas de Comunicação e Cultura. Especialista em Organização do Trabalho Pedagógico (2014) e bacharel em Comunicação Social - Jornalismo (2005), ambas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Atua com movimentos populares desde 2003. Desenvolve pesquisas sobre participação política, instituições democráticas e políticas de comunicação.

Edna Calabrez Martins, Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher (Cedimes) / Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Pública e Serviços Similares no Estado do Espírito Santo (SINDILIMPE-ES) / Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB)

Edna Calabrez Martins nasceu em 19 de maio de 1965, é capixaba, natural de Cachoeiro de Itapemirim, interior do Espírito Santo – um dos estados com os maiores índices de feminicídio do Brasil. Ela é militante dos movimentos feminista e popular há mais de 30 anos e é, hoje, uma das representantes do Fórum de Mulheres do Estado – instância que anualmente realiza, entre outras, ações em referência ao dia 8 de março, bem como está presente nos conselhos estaduais e dá apoio a mulheres vítimas de violência. Ela também faz parte do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher (Cedimes), do qual foi presidente durante os anos de 2014 e 2015. Edna é ainda funcionária do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Pública e Serviços Similares no Estado do Espírito Santo (SINDILIMPE-ES), filiado à Central Única de Trabalhadores (CUT) e também integra a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB).

Isabella Mariana, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

Jornalista e mestranda em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Em sua pesquisa, estuda as relações entre gênero e mídia e, mais especificamente, o discurso sobre a violência contra a mulher.

Érika Campelo, ONG Autres-Brésils / ONG VoxPublic

Érika Campelo milita há 15 anos no terceiro setor na França junto a movimentos sociais franceses e brasileiros. Por sete anos, foi uma das coordenadoras do Fórum Internacional de Mídias Livres pela ONG de solidariedade internacional Ritimo. Em 2002, fundou a ONG Autres-Brésils, que viabiliza uma cobertura jornalística e cinematográfica analítica acerca da complexidade social brasileira, longe dos clichês e do reducionismo habitual dos meios de comunicação hegemônicos franceses. A ONG publica traduções de artigos produzidos pelas mídias e jornalistas independentes, intelectuais e integrantes de movimentos sociais brasileiros acerca da conjuntura política e social do Brasil. Além disso, desde 2005, realiza anualmente o único festival de documentário social brasileiro na Europa, o Brésil en Mouvements. Desde janeiro de 2017, Campelo atua na ONG VoxPublic, com um trabalho de apoio a associações e movimentos sociais que lutam contra o racismo, discriminação e injustiça social na sensibilização de políticos e da grande mídia francesa, transformando lutas em leis e fortalecendo vozes, por vezes abafadas, em ecos com alcance da opinião pública.

Janaina Cardoso da Silva, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Mestranda em Comunicação pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Sua pesquisa acadêmica aborda o trabalho de desconstrução de uma percepção estereotipada do Brasil, na França, através das temáticas e debates promovidos pelo festival de cinema documentário social brasileiro, Brésil em Mouvements.

Francesca Gargallo

Escritora, caminhante e feminista autônoma. Francesca Gargallo é filósofa formada pela Universidade de Roma “La Sapienza” e busca entender o feminismo como ação política desenvolvida entre mulheres a partir de elementos próprios de cada cultura. Italiana, vive no México desde os anos setenta e foca sua atuação com especial atenção às expressões e mobilizações feministas de Nuestra América. É mestre e doutora em Estudos Latino-americanos pela Universidade Nacional Autônoma do México. Atua, na condição de pesquisadora e de mulher autônoma feminista, no desenvolvimento de redes políticas entre mulheres. Fundou a Sociedad de Estudios Culturales de Nuestra América y de Afro-América. Atuou como professora da Academia de História das Ideias da Universidade Autônoma da Cidade do México (UACM) e publicou mais de vinte livros, dentre os quais se destacam Ideas Feministas latino-americanas e Feminismos desde Abya Yala. Recebeu diversos prêmios por conta de sua atuação acadêmica e política, tais como: dois Premios Libertador al Pensamiento Crítico (Venezuela) e Premio al Pensamiento Caribeño (México). Francesca Gargallo é considerada uma das maiores pensadoras e ativistas feministas da América Latina da contemporaneidade.

Flora Daemon, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Professora do curso de Jornalismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). É pós-doutora em Comunicação (UFF) e autora do livro “Sob o signo da infâmia” (Garamond/Faperj). Atualmente desenvolve pesquisa a respeito de mobilizações populares femininas e feministas.

Natascha Castro, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Mestre em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e jornalista formada pela UFRGS. Trabalhou na imprensa alternativa focando em reportagens sobre movimentos sociais. Desenvolve pesquisa sobre a violência do desaparecimento forçado de pessoas na América Latina.

Rafael Mondragón, Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM)

Professor da Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade Nacional Autônoma do México. Pós-doutor em Letras (UNAM), pesquisador e colaborador de círculos de leitura, oficinas de educação popular e trabalho cultural comunitário.

Frei Sergio Antonio Görgen, Igreja Católica

Sua história de vida se confunde com a história dos movimentos sociais no Brasil, em especial os camponeses. O menino que já muito jovem sofreu com a violência de classe, aprendeu a ser um peleador e, mais tarde, levou a luta social para dentro da Igreja e também a Igreja até a linha de frente da luta social. Frei Sérgio Antônio Görgen anda junto com o povo camponês, tanto dos que empreendem a luta para ter um pedaço de terra para plantar e abrigam-se sob a bandeira do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), quanto dos camponeses que enfrentam a lógica nociva do agronegócio produzindo diariamente comida sem veneno em pequenas unidades produtivas, estes abrigados sob a bandeira do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). Desconsidera o rótulo de líder, não aceita a referência nem no campo espiritual, nem no campo político. Suas palavras reproduzem sonhos, esperanças, projetos, perspectivas de uma coletividade que nunca se furtou a estar na vanguarda das lutas populares, avançando contra forças desiguais e construindo conquistas que geram benefícios a toda sociedade brasileira. Para enfrentar o preconceito e a criminalização dos movimentos nas mídias, propõe uma aliança popular, a resistência e a construção de uma nova sociedade. Vamos conferir o que nos conta este lutador popular, franciscano por vocação, camponês por vinculação, socialista por convicção. 

Cláudia Herte de Moraes, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), doutora em Comunicação e Informação, líder do Grupo de Pesquisa Midiação - Educomunicação e Ambiente (CNPq), jornalista e professora com atuação nos temas da comunicação, cidadania e movimentos sociais

Marcos Antonio Corbari, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) / Coletivo de Comunicação do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA)

Jornalista pela UFSM, mestrando em Letras - Literatura Comparada pela URI. Atua como comunicador popular e voluntário no Coletivo de Comunicação do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).

Giovanni Felipe Ernst Frizzo, Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)

Professor, pesquisador e ativista político, Giovanni Frizzo compõe a direção nacional do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), em segunda gestão (2014-16; 2016-18). Atualmente, assume a tarefa de encarregado de imprensa do Sindicato Nacional. Também faz parte da diretoria da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pelotas (ADUFPEL-Ssind) do ANDES-SN. É professor da Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal de Pelotas, com doutorado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), além de militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Giovanni Frizzo coordena o Grupo de Trabalho de Comunicação e Artes do ANDES-SN, que realiza periodicamente reuniões e seminários nacionais para debater e aprofundar a
política de comunicação do Sindicato Nacional. Atua, principalmente, nas áreas de formação de professores, trabalho e educação, trabalho pedagógico, escola e mundo do trabalho.

Ricardo Borges Oliveira, Universidade de Brasília (UnB)

Jornalista da Universidade de Brasília (UnB), lotado no Centro de Produção Cultural e Educativa (CPCE/UnBTV), onde desempenha a função de coordenador de Programação. É mestre em Gestão Pública pela Universidade de Brasília (PPGP/FUP/UnB).

José Carlos do Nascimento Galiza, Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará (Malungu) / Departamento de Igualdade Racial do município de Acará

Quilombola da comunidade de Guajará Miri, município do Acará, região Nordeste paraense, José Carlos Galiza ocupa atualmente, a função de articulador político da Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará (Malungu) e de Diretor do Departamento de Igualdade Racial do município de Acará. Desde 1999, desenvolve ações no movimento quilombola estadual, regional e Nacional, atuando também como membro da Coordenação Executiva da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq). Uma das maiores conquistas que permeiam sua história de luta, foi a colocação do Pará como o estado com maior número de comunidades tituladas do país, por meio da mobilização nos municípios e associações. A experiência de Galiza como liderança quilombola, junto a pesquisadores, a outros movimentos sociais e com órgãos de Estado em todos os seus níveis, nos ajudam a compreender um pouco das lutas do movimento quilombola, suas estratégias de mobilização e o papel da comunicação dentro e fora do movimento, seja na luta por direitos ou contra os retrocessos a ele impostos.

Janine de Kássia Rocha Bargas, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais, integrante dos Grupos de Pesquisa Mídia e Esfera Pública (EME/UFMG) e Comunicação, Política e Amazônia (COMPOA/UFPA). Mestra em Ciências Sociais e graduada em Comunicação Social pela UFPA. Atua em pesquisas sobre comunicação e política, reconhecimento, povos e comunidades tradicionais na Amazônia.

Thaís dos Santos Choucair, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais, integrante do Grupo de Pesquisa Mídia e Esfera Pública (EME/UFMG). Atua em pesquisas sobre deliberação e movimentos sociais, feminismo e mídias sociais.

José Valdir Misnerovicz, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

No Brasil, a luta pela terra é secular. Os movimentos ligados aos trabalhadores rurais possuem uma trajetória de batalhas, conquistas e derrotas, expondo as idiossincrasias da sociedade brasileira. O preconceito, a marginalização e o silenciamento são algumas das armas para desarticulação dos movimentos sociais. O discurso midiático, em torno da questão da democratização do acesso a terra, reforça os estereótipos. Nesse contexto, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ganha relevo por sua organização e resistência. José Valdir Misnerovicz, que teve sua liberdade cerceada em virtude da atuação no MST, concedeu parte da entrevista durante o período em que esteve preso em Goiás em 2016. A entrevista destaca a crescente ofensiva contra os movimentos sociais por meio da criminalização de sua atuação e revela as entrelinhas da construção do discurso midiático. Misnerovicz é uma liderança do MST, graduado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" e mestre em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia, do Instituto de Estudos Socioambientais da Universidade Federal de Goiás.

Tiago Mainieri, Universidade Federal de Goiás (UFG)

Pós-doutor em comunicação pela UFRJ e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Goiás (PPGCOM/UFG) na linha de pesquisa em Mídia e Cidadania. Doutor em comunicação pela USP, dedica-se ao estudo da comunicação centrada no interesse público.

Dagmar Olmo Talga, Universidade Federal de Goiás (UFG)

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Goiás (PPGCOM/UFG). Formada em jornalismo, atua em produção audiovisual e integra a Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil e colabora na Comissão Pastoral da Terra.

Keila Simpson, Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) / Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT)

Keila Simpson é presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), a maior e mais antiga Rede Nacional de Travestis e Mulheres Transexuais do Brasil, que tem como missão mobilizar Travestis e Mulheres Transexuais das cinco regiões do país para a construção de um quadro político nacional a fim de representar esses dois segmentos na busca de cidadania e igualdade de direitos. Foi a primeira travesti a assumir a presidência do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos Humanos LGBT e também é membra da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Em 2013 foi condecorada com o Prêmio Direitos Humanos, recebido das mãos da presidenta Dilma Rousseff.

Fernanda Martinelli, Universidade de Brasília (UnB)

Professora da Faculdade de Comunicação da UnB (Universidade de Brasília), doutora em Comunicação e Cultura pela ECO/UFRJ (2011) e mestre em Comunicação e Cultura pela mesma instituição (2006). É integrante do grupo de pesquisa Cultura, Mídia e Política, pesquisadora associada à CIEC (Coordenação Interdisciplinar de Estudos Contemporâneos / UFRJ / CNPq) e ao NEMP (Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política / UnB) e membro da International Association for Media and Communication Research (IAMCR). Atualmente coordena pesquisa sobre discriminação de pessoas trans no acesso à renda e ao mercado de trabalho.

Maria Léo Araruna, Universidade de Brasília (UnB)

Graduanda em Direito pela Universidade de Brasília (UnB). Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direitos Humanos, atuando principalmente, nos seguintes eixos: Gênero, Sexualidade e Juventude. É ativista dos direitos de mulheres, de crianças e adolescentes, de pessoas trans e da população LGBT em geral. Integrante da Coletiva LGBT e Projeto de Extensão Corpolítica. Atualmente participa de pesquisa sobre discriminação de pessoas trans no acesso à renda e ao mercado de trabalho.

Taya Carneiro, Universidade de Brasília (UnB)

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (PPGFAC/UnB) e graduada em Comunicação Organizacional pela mesma instituição (2016). Pesquisadora nos grupos de pesquisa Cultura, Mídia e Política e GEPCOR (Grupo de Estudos e Pesquisas em Comunicação Organizacional) vinculados ao CNPq, e membra efetiva da Comissão Gestora Pró-LGBT da UnB. Atualmente pesquisa moda e identidade de gênero, e discriminação no acesso à renda e ao mercado de trabalho.

Lam Matos, Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (IBRAT) / Comitê Técnico de Saúde Integral LGBT do Ministério da Saúde

Lam Matos tem 34 anos, nasceu em Brasília, atualmente é morador de São Paulo, coordenador Nacional do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades – IBRAT-, e membro do Comitê Técnico de Saúde Integral LGBT do Ministério da Saúde. Dos vários seminários, conferências, congressos e encontros, destaca-se a participação nas Conferências Nacionais LGBT, de Saúde e de Direitos Humanos, representando os homens trans e pessoas transmasculinas. Lam Matos participou do encontro com a Presidenta Dilma Rousseff e mais seis representantes do movimento de travestis e transexuais, para a assinatura do Decreto 8.727 de 28 de Abril de 2016, que dispõe sobre o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. Sua história na militância é marcada pela luta contra a transfobia e os diversos tipos de violências físicas e simbólicas que atingem a população trans no país. Em sua trajetória trabalhou arduamente pelo direito ao nome social, pela educação inclusiva em que a escola seja um espaço mais preparado para receber pessoas trans, e pelo direito de acesso à saúde pública.

Bernardo Mota, Universidade de Brasília (UnB) / Instituto Brasileiro de Transmasculinidades

Graduando em Serviço Social pela Universidade de Brasília (UnB). É ativista LGBT, com foco em questões Trans, Transmasculinidades e de Homens Trans no Brasil, e Coordenador Nacional do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades. Atualmente participa de pesquisa sobre discriminação de pessoas trans no acesso à renda e ao mercado de trabalho

Lydia Alpizar

Lydia Alpizar nasceu Costa Rica e vive no México desde 1996. Morou no Brasil por cinco anos, de 2010 a 2015. Considera-se uma mulher mesoamericana e latinoamericana, região a que tem dedicado seu ativismo feminista, um trabalho de grandes desafios. O relatório Defensores em perigo, publicado em 2016, aponta a América Latina como o lugar mais violento para defensores e defensoras de direitos humanos no mundo. Dos 185 assassinatos registrados em 2015, 122 ocorreram na região. As mulheres vivenciam situação ainda mais vulnerável que os homens. Ao assumirem liderança nas lutas por seus direitos, rompem a lógica sexista – também racista e heteronormativa – e assim enfrentam diversos tipos de ameaças. Em 2010, um grupo de seis entidades de México, Guatemala, El Salvador, Honduras e Nicarágua criou a Iniciativa Mesoamericana de Defensoras de Direitos Humanos, com o objetivo responder a essa violência. Lydia integrou o comitê impulsor da iniciativa, como diretora-executiva da AWID, cargo que ocupou até janeiro de 2017. Socióloga, é formada no Programa de Treinamento de Advocacy em Direitos Humanos do Centro de Estudos de Direitos Humanos da Universidade de Columbia (Nova Iorque).

Ismália Afonso da Silva, Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso)

Jornalista e mestre em Gênero, Sociedade e Políticas pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) Argentina. Entre 2016 e 2017, atuou como consultora de comunicação do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA), organização para a qual editou o livro Bem viver para a militância feminista.

Márcio Zonta, Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM)

Especialista em Estudos Latino-americanos pela Universidade Federal de Juiz de Fora, graduado em Jornalismo e Relações Públicas, Márcio Zonta escolheu o caminho inverso ao campo da mídia tradicional no país, ao lado da classe trabalhadora do país tem noticiado ao longo dos anos as lutas dos movimentos sociais e denunciado as contradições do modelo de desenvolvimento capitalista que expropria os trabalhadores em função da manutenção de uma pequena burguesia. Atualmente, atua como correspondente nacional e internacional em áreas de conflito agrário e mineral em toda a América Latina e é membro da coordenação nacional do MAM – Movimento pela Soberania Popular na Mineração. Em 2016, o Brasil de Fato publicou uma série especial de reportagens sobre os trabalhadores da mineração no Brasil, em “Suor de Ferro” Zonta expõe a realidade da mineração no país – uma atividade que beneficia poucos e exclui muitos – ainda invisibilizada na sociedade. Na contramão do que é “comum”, Márcio Zonta tem apresentado o jornalismo tal como se deve ser: com função social e junto à classe trabalhadora.

Flávia Quirino, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Jornalista, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade de Brasília (2017), na linha de Jornalismo e Sociedade. Bacharel em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Marcos Willian Campos de Oliveira, Universidade Federal de Uberlândia (UFU) / Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)

Marcos é líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e mestrando em Ciências Sociais na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), onde começou a ter contato com a luta pela moradia na cidade, atualmente com cerca de 30 mil pessoas vivendo em ocupações. Sua primeira experiência nesse campo foi durante a Ocupação Ceasa, que tinha 3.000 famílias e foi destruída em 2011. Muitas dessas famílias migraram para a Ocupação do Glória, com 2.350 famílias e quase foi desocupada em 2016. Um dos motivos para a vitória foi a integração entre o Movimento Sem Teto do Brasil (MSTB) e o MTST. Além da ocupação Fidel Castro, com 700 famílias, organizada diretamente pelo MTST, o movimento atua em parceira nas ocupações do Maná (1.200 famílias) e Zaire Resende (2.200). Para Marcos, o grande diferencial do MTST é a metodologia, que não se encerra
na conquista da moradia, mas participa ativamente de lutas mais amplas, tem formação política e cultural e atividade midiática por meio de redes sociais como o Facebook, com mais de 100 mil curtidas. A novidade nessa área é um aplicativo de notícias por celular que está sendo testado e já tem mais de mil downloads.

Vinicius Souza, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Jornalista, fotógrafo e professor. Tem doutorado em Comunicação pela UNIP e atualmente leciona jornalismo na Universidade Federal de Uberlândia. Membro fundador do coletivo Jornalistas Livres é ativista há décadas pela democratização dos meios de comunicação e colaborador de diversos veículos.

Maria Eugênia Sá, MediaQuatro

Fotógrafa, documentarista e sócia da MediaQuatro (www.mediaquatro.com), onde realiza trabalhos de jornalismo independente há 20 anos para veículos como Carta Capital, Caros Amigos, Agência Pública e Jornalistas Livres. Tem dois livros de fotografia e dezenas de exposições em todo o mundo.

Maria Eduarda da Rocha Mota, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Num cenário de crise democrática, faz-se necessário compreender o papel das mídias no Brasil e sua relação com os movimentos sociais. Assim, torna-se pertinente um olhar a partir das chaves da Sociologia, da Comunicação e do consumo, tanto para analisar a cobertura da imprensa, em relação aos movimentos, como também, no sentido de avaliar alternativas de resistência e de intervenção na esfera pública, por parte desses grupos. Este é o ponto de partida da nossa reflexão junto a Maria Eduarda da Rocha Mota, professora adjunta da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Departamento de Sociologia e no Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Mestra e Doutora em Sociologia (USP), Maria Eduarda é jornalista (Unicap) e cientista social (UFPE) e foi professora visitante na Universidade Paris II (Panthéon-Assas). Sua tese de doutorado, A Nova retórica do capital: a publicidade brasileira em tempos neoliberais, conquistou, em 2011, o terceiro lugar no Prêmio Jabuti, na categoria Comunicação.

Mariana Ferreira Reis, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Jornalista e doutoranda em Comunicação (UFPE). Atuou na sistematização da obra “Democracia, Participação e Movimentos Sociais” (Pnud/Secretaria Geral da Presidência da República, 2014) e na edição do livro “Comunicação e Desenvolvimento: redes de memória” (CEPE, 2016).

Maria Lucia Lopes da Silva, Universidade de Brasília (UnB)

Assistente Social e professora adjunta da Universidade de Brasília/UnB, possui pós-doutorado em Planejamento e Gestão de Políticas Sociais pela Università degli Studi di Milano – Bicocca/Itália, onde esteve no último ano acompanhando as lutas e manifestações dos trabalhadores italianos, principalmente em defesa dos direitos trabalhistas e previdenciários. Com passagem pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), GEAP - Fundação Social autogestão em saúde, e em outros órgãos no âmbito da seguridade social, é revisora de cinco periódicos, já recebeu prêmios, dentre os quais, Pesquisador Parceira da Imprensa 2012 e Prêmio Capes de Teses 2012. É autora de três livros, diversos artigos e mais de 60 publicações de trabalho, tendo se tornado um dos nomes mais reconhecidos no Serviço Social brasileiro, principalmente por sua discussão referente a previdência social e população em situação de rua. Obteve destaque ainda pela atuação no Conselho Regional de Serviço Social - MA/PI, no Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e participação na direção de sindicatos de base, federação de sindicatos dos previdenciários e central sindical.

Anderson Cavalheiro da Luz, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) / Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Assistente social do Instituto Nacional do Seguro Social e doutorando em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Discute temas ligados as manifestações de rua, movimentos sociais, redes sociais, políticas sociais/previdência social e direito a cidade.

Marina Poggi, Universidad Nacional de Quilmes (CEAR-UNQ)

Conocí a Marina Pogg, aún alumna de doctorado, en su pasantía por la Universidad Federal de Santa Maria (2010). Investigadora vinculada al Centro de Estudios de la Argentina Rural, de la Universidad Nacional de Quilmes (CEARUNQ), Argentina y con pós-doctorado por la Universidad Nacional de La Plata, en la Facultad de Periodismo y Comunicación Social (2015). Ha realizado toda su formación en la Universidad Nacional de Quilmes: Magíster (2011) y Doctora en Ciencias Sociales y Humanas (2012), licenciada en Comunicación Social (2003). Hemos trabajo en conjunto en la oportunidad del convenio CAPES-MINCYT (2012-15), momento en el cual los participantes de la UFSM y UFRGS de Brasil, además da UBA y UNQ, de Argentina, intercambiamos docentes y alumnos. Marina Poggi trabaja el tema “Representaciones de la problemática de la propiedad de la tierra en la prensa de análisis en tiempos de censura”. Ha dictado Seminarios intensivos en universidades brasileiras y de Argentina, además de varias participaciones en eventos de América Latina, Estados Unidos e Europa.

Ada C. Machado da Silveira, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) / Universidade Federal do pampa (UNIPAMPA)

Professora titular do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Pesquisadora do CNPq. Doutora em Jornalismo pela Universidade Autónoma de Barcelona, possui pós-doutoramento na Sorbonne III – La Nouvelle, França, e na Universidad Nacional de Quilmes, Argentina. Integra o quadro permanente do programa de Pós-graduação em Comunicação da UFSM e é colaboradora do mestrado Profissional em
Comunicação e Indústria Criativa da Universidade Federal do pampa (Unipampa).

Mônica Cunha, Movimento Moleque / Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência

Mônica Cunha atua em defesa dos direitos dos adolescentes em conflito com a lei e de suas famílias. Fundadora do Movimento Moleque e membro da Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência, constituída por mães e familiares que tiveram seus entes mortos pelo Estado, seu trabalho tem por objetivo garantir a efetivação do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Omar Cerrillo Garnica , Instituto Tecnológico de Estudos Superiores de Monterrey

Omar Cerrillo Garnica é professor e pesquisador no Instituto Tecnológico de Estudos Superiores de Monterrey. É doutor em Ciências Sociais e Políticas. Tem Pós-Doutorado em Movimentos Sociais e Ativismo Digital. Algumas de suas pesquisas atuais, como seu trabalho de pós-doutoramento, tem se ocupado de buscar elementos que permitam maior compreensão sobre a relação entre comunicação e movimentos sociais, com destaque para o uso das redes sociais e da internet de modo geral. O México, berço de figuras revolucionárias lendárias, como Emiliano Zapata e Pancho Villa, ainda hoje abriga alguns dos movimentos de contestação à ordem estabelecida de maior influência da atualidade, com merecido destaque para os Zapatistas. Omar soube assimilar os ensinamentos de Pancho Villa e do Subcomandante Marcos sobre a importância do componente midiático nas revoluções modernas. Entre outros, publicou um capítulo de livro fazendo uma análise comparada do uso da internet por
movimentos sociais do México e do Brasil.

Priscila Gama, Instituto Das Pretas.Org

Priscila Gama é ativista social, blogueira e presidente do Instituto Das Pretas.Org. A organização, fundada em Vitória (ES), é a primeira de economia mista criativa, 100% afrocentrada e de protagonismo negro do Brasil. No comando do instituto, Priscila promove ações voltadas para o empreendedorismo, consumo negro, estética, autoestima, cultura e educação. Trata-se de uma startup com projetos em ações afirmativas contra o racismo no Espírito Santo. Através do instituto são realizados worskhops, grupos de estudo e discussão sobre a temática, e instruções sobre como empreender. Priscila começou sua militância após sofrer atos de racismo e sexismo e ao perceber a falta de visibilidade das mulheres negras na mídia. No ano de 2015, o Das Pretas.Org promoveu a primeira edição do “Encontro das Pretas”, considerado o maior evento afrocentrado do Espírito Santo e um dos maiores do país.

Viviane Ramos Machado, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Jornalista, formada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e mestranda em Comunicação e Territorialidades na mesma universidade. A pesquisa que desenvolve busca entender a abordagem do jornal A Gazeta, de expressiva influência no Espírito Santo, sobre o movimento feminista, entre os anos de 1986 e 2016.

Rafael Fortes, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Rafael Fortes é professor de Comunicação na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Entre suas áreas de interesse estão as relações entre mídia, política e direitos humanos. Em 2008, lançou o livro Segurança pública, direitos humanos e violência, com entrevistas, artigos e documentos a respeito de uma chacina praticada por forças policiais em 2007 no Complexo do Alemão, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Este livro revela uma preocupação com o modo como os direitos humanos são sistematicamente desrespeitados em nosso país. Atualmente, pesquisa o processo de mobilização para a realização da Conferência Nacional de Comunicação, no período 2007-2009. A pesquisa tem apoio do CNPq e da FAPERJ. Mantém, desde 2006, um blogue pessoal, A Lenda (https://rafaelfortes.wordpress.com/). Seu trabalho intelectual e sua produção acadêmica no campo da Comunicação Social são engajados com as questões relativas aos movimentos sociais

Pablo Laignier, Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC) / Universidade Estácio de Sá (UNESA)

Titular III do IBMEC e professor e pesquisador da UNESA. Doutor em Comunicação pela UFRJ (2013) com a Tese intitulada “Do funk Fluminense ao funk nacional: o grito comunicacional de favelas e subúrbios do Rio de Janeiro”, é também Mestre em Comunicação e Cultura e Jornalista formado pela mesma instituição, onde participa do Laboratório de Estudos em Comunicação Comunitária (LECC/UFRJ) desde 2007

Renato Janine Ribeiro, Universidade de São Paulo (USP)

Foi Ministro de Estado da Educação, de 6 de abril a 5 de outubro de 2015. É professor titular da Universidade de São Paulo, na disciplina de Ética e Filosofia Política e professor honorário do Instituto de Estudos Avançados da USP. Recebeu o prêmio Jabuti de melhor ensaio (2001), a Ordem Nacional do Mérito Científico (1997). Atua na área de Filosofia Política, com ênfase em teoria política. Foi diretor de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES/MEC - (2004-8). Em 2014, publicou o artigo O Brasil e a democracia de protesto, na revista MATRIZes/USP V. 8 - Nº 1 jan./jun., no qual discute os protestos ocorridos em 2013 no país, traçando um paralelo, quanto ao seu caráter de happening, com os eventos de Maio de 1968. Além de destaque em sua área de atuação, o professor Renato Janine é atuante nas redes sociais. Sua página no Facebook possui mais de 123 mil seguidores. Os temas políticos e sociais e a cobertura da mídia sobre esses assuntos são abordados por ele diariamente, em especial nos últimos anos com os acontecimentos conturbados no cenário político brasileiro antes e pós impeachment ou golpe.

Fabiana Santos Pereira, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)/Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)/ Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências da UFRGS/UFSM/FURG. Título do projeto: Ações Afirmativas na Pós-Graduação. Graduada em Comunicação Social, habilitação em jornalismo, pela Universidade Católica de Brasília. É servidora pública federal na CAPES/MEC, onde ocupa, desde 2009, o cargo de coordenadora de Comunicação Social.

Romero Júnior Venâncio Silva, Movimento Sem Terra (MST) / Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Romero Júnior Venâncio Silva é Professor da Escola Nacional Florestan Fernandes do Movimento Sem Terra (MST) de São Paulo. Trabalha na discussão dos Movimentos Sociais voltada ao direito à cidade com formação para os Movimentos Sociais. Filósofo e Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Doutor em filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Romero faz parte do departamento de filosofia da Universidade Federal de Sergipe (UFS) desde 1998 atuando na área de Filosofia Contemporânea e Filosofia política. Fora da universidade Romero mantém um pensamento crítico e observador das manifestações populares. O Brasil passa hoje por um momento de reivindicações de direitos e legalidades estabelecidos na constituição, mas negligenciados pelos representantes do governo. Agora, mais que nunca, é necessário um pensamento crítico sobre a atual conjuntura do país e a participação popular frente a isso.

Carlos Peres de Figueiredo Sobrinho

Doutor em Sociologia pela UFPE, Mestre em Comunicação Social também pela UFPE e Jornalista. Pesquisador nas áreas de Sociologia e Comunicação, com ênfase nas áreas de “Comunicação e Política” e Teorias do Jornalismo.

Aline da Silva Souza, Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Graduanda em Jornalismo pela Universidade Federal de Sergipe, interessada pelo campo da Política da
Comunicação Pública e Políticas Públicas e Democratização dos Meios de Comunicação de Massa.

Rousiley Celi Moreira Maia, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Professora titular do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rousiley C. M. Maia discute temas que abordam a interface entre comunicação e democracia, com foco em discussões sobre sociedade civil e esfera pública. Mestre e doutora em Ciência Política pela Universidade de Nottingham, Inglaterra, é autora de Recognition and theMedia (Palgrave, 2014), Deliberation, the Media and Political Talk (Hampton Press, 2012), Media e Deliberação (FGV, 2008), Comunicação e Democracia (com Wilson Gomes, Paulus, 2008), tendo editado livros sobre esfera pública e associativismo cívico, internet e participação política no Brasil. É editora associada da International Encyclopedia of Political Communication (ICA, Wiley-Blackwell) e líder do Grupo de Pesquisa em Mídia e Esfera Pública da UFMG. Por sua expertise em teorias da democracia e da justiça, Rousiley Maia fala, a partir de um olhar teoricamente apurado, sobre movimentos sociais, seu papel na
esfera pública e o lugar dos media na construção e consolidação da democracia.

Janine de Kássia Rocha Bargas, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais, integrante dos Grupos de Pesquisa Mídia e Esfera Pública (EME/UFMG) e Comunicação, Política e Amazônia (COMPOA/UFPA). Mestra em Ciências Sociais e graduada em Comunicação Social pela UFPA. Atua em pesquisas sobre comunicação e política, reconhecimento, povos e comunidades tradicionais na Amazônia.

Larissa Muniz, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Graduanda em Comunicação Social na Universidade Federal de Minas Gerais (DCS/UFMG), integrante do grupo de pesquisa Mídia e Esfera Pública (EME/UFMG)

Regiane Lucas Garcêz, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Professora Adjunta do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais, integrante do Grupo de Pesquisa Mídia e Esfera Pública (EME/UFMG). Atua em pesquisas sobre deliberação e reconhecimento, movimento surdo e representação não eleitoral.

Tânia Cristina Cruz, Universidade de Brasília (UnB)

Tânia Cruz é militante social e cresceu na Ceilândia-DF. Superou adversidades e hoje é Professora Adjunto da Universidade de Brasília possuidora de vasta experiência nas áreas de: Sociologia do Trabalho com ênfase em Gênero e Economia Solidária e as recentes Transformações do Mundo do Trabalho; Pesquisa Social e Desenvolvimento de Metodologias de Pesquisa Quantitativa e Qualitativa; Planejamento e Gestão Estratégicos. É licenciada em Ciências Sociais e bacharela em Sociologia pela Universidade de Brasília - UnB (1998). Entre 1995 e 1998, foi bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET/CAPES). Também pela UnB, desenvolveu seu mestrado em Sociologia Política e do Trabalho (2001)
e concluiu sua pesquisa de doutorado na área de Sociologia do Trabalho (2006), com a tese: Qual o teu trabalho, mulher? Mulheres empreendedoras no contexto da Economia Popular Solidária. Atualmente é Coordenadora do curso de Bacharelado em Gestão Ambiental (GAM/FUP) Campus Planaltina-DF. Membro do Programa de Pós Graduação (Mestrado) em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável (MADER) atuando nas linhas de pesquisa em Desenvolvimento Rural Sustentável e Sociobiodiversidade, Educação e Políticas Públicas para o meio ambiente e campo.

Tânia Maria Silveira, Arquidiocese de Vitoria (ES) / Fórum Estadual em Defesa da Bacia do Rio Doce

Tânia Maria Silveira é graduada em Serviço Social pela Faculdade Salesiana de Vitória, especialista em Desenvolvimento Local pela Universidade Católica de Lyon, França, e Mestre em Política Social pela Universidade Federal do Espírito Santo. Foi docente e coordenadora do curso de Serviço Social na Faculdade de Ciências Gerenciais (Facig), em Manhuaçu-MG. É assessora do Departamento Pastoral da Arquidiocese de Vitoria/ES e integrante voluntária do Fórum Estadual em Defesa da Bacia do Rio Doce. Nascida em Iúna, na região sul do Espírito Santo, iniciou sua militância política em 1984. Ativa nos movimentos sociais, tem trajetória ligada ao movimento nacional e internacional de Direitos Humanos e
movimento indígena, fazendo parte do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) por mais de 12 anos (1986 – 1998). Atuou no Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH) e, no Espírito Santo, no Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CADH) e Centro de Atendimento às Vítimas de Violência (CEAV), ambos em Vitória, além de compor o Fórum Reage Espírito Santo Contra a Violência e a Impunidade, que investigou a atuação de milicianos da Escuderia Detetive Le Cocq, ligados a políticos e organismos do Estado, entre os anos 80 e a primeira década dos anos 2000. Também foi responsável pelo tema Direitos Humanos no gabinete da ex-deputada federal capixaba pelo PT, Iriny Lopes, entre os anos de 2003 e 2010.

Milena Mangabeira da Silva, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Mestranda do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Territorialidades da UFES, graduada em Jornalismo pela UFES; Pesquisadora do Laboratório de Estudos em Imagem e Cibercultura da UFES (LABIC).

Thiago Aparecido Trindade, Universidade de Brasília (UnB)

Thiago Aparecido Trindade é professor adjunto do Instituto de Ciência Política (IPOL) da Universidade de Brasília (UnB). Graduado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Em sua trajetória acadêmica vem pesquisando como as ações de protestos protagonizadas pelos movimentos sociais são enquadradas pelo discurso midiático. Em sua tese pesquisou o significado político de imóveis ociosos no centro da cidade de São Paulo pelo movimento de moradia e a importância desta forma de ação. Seu trabalho é de grande relevância, já que, procura contribuir com o debate sobre a relação entre os movimentos sociais e os meios de comunicação, em particular, e com o debate teórico mais amplo sobre a relação entre os movimentos sociais e a democracia.

Rosa Helena Santos, Universidade de Brasília (UnB)

Mestranda de Políticas de Comunicação e de Cultura na Universidade de Brasília. Pesquisadora do LaPCom – Laboratório de Políticas de Comunicação do PPG-FAC-UnB.

Vagner Freitas, Central Única dos Trabalhadores (CUT)

Presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas de Moraes iniciou sua trajetória sindical no final da década de 80. Diretor do Sindicato dos Bancários em São Paulo, nos anos 90, e da Confederação Nacional dos Bancários (CNB) até 2003, foi um dos fundadores da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. Ainda foi membro de organizações sindicais do Cone Sul e, desde 2006, participa da direção nacional da Central Única dos Trabalhadores. A frente da CUT, instituição com cerca de 3.500 entidades e mais de sete milhões de filiados, coordenou manifestações contra o impedimento da ex-presidenta Dilma Rousseff e de mobilizações contra as reformas trabalhista e previdenciária. Liderança de uma das principais centrais de trabalhadores do País, Vagner se configura como uma personalidade representativa em meio ao epicentro de crise política e institucional que o Brasil convive.

Francisco Verri, Universidade de Brasília (UnB)

Mestre em Ciências Sociais e doutorando em Comunicação Social pela Universidade de Brasília (UNB).

Solange Engelmann, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) / Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Participo do setor de comunicação a partir da sua executiva. Eu entrei no MST em 1996, a partir da minha família que morava (e ainda mora) em um assentamento no Paraná. Iniciei minha militância na região noroeste do Paraná, atuando com cooperativas dos assentados. Depois me desloquei para Maringá, onde estudei Jornalismo. Fui para Curitiba, onde comecei a atuar no setor de comunicação desde 2004. Assumi a coordenação do setor por cinco anos. Hoje também faço doutorado em Comunicação e Informação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Referências

MARINA POGGI - La sociedad en red actualiza los movimientos sociales e sus luchas

Castells, Manuel (2012), Redes de indignación y esperanza. Los movimientos sociales en la era de Internet, Alianza Editorial, Madrid.

Dominguez Diego, Lapegna, Pablo y Sabatino, Pablo (2006), “Un futuro presente: las luchas territoriales”, en Nómadas Nº 24, Universidad Central, Colombia, pp. 239 a 246.

La Vía Campesina (1996), Memoria de la II Conferencia Internacional de la Vía Campesina, (Tlaxcala, México), Ediciones NCOS, Bruselas.

Liceaga, Gabriel (2012), “Las luchas campesinas en Mendoza. Reflexiones a partir de la acción colectiva de la Unión de Trabajadores Rurales sin Tierra”, en Bravo, Nazareno (editor), (Re)inventarse en la acción política, EDIUNC, Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, pp. 117- 157.

Ouviña, Hernán (2004), Zapatistas, piqueteros y sin tierra: nuevas radicalidades políticas en América Latina., [en línea] http://www.panuelosenrebeldia.com.ar/content/view/509/193/

Santos, Milton (2005), “O retorno do territorio”, en OSAL, Nº 16, CLACSO, Buenos Aires.

Ziberich, Raúl (2003), “Los movimientos sociales latinoamericanos: tendencias y desafíos”, en OSAL, Nº 9, Buenos Aires, CLACSO.

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Publicado

fevereiro 17, 2020

Detalhes sobre essa publicação

ISBN-13 (15)

978-85-93078-24-8

Publication date (01)

2017