O Estado Novo no controle da informação cotidiana: o caso da cidade de Natal (1941-1943) a partir do jornal “A República”
Palavras-chave:
Ciência da informação, Ciência aberta, Acesso abertoSinopse
Em sua obra, Fernanda Costa retoma uma temática pouco ou quase nunca explorada na CI e afrma: “por reconhecer a informação como um caminho a partir das representações em vivências, formas de olhar o mundo, formando-se, também, dentro do processo de comunicação, ancoradas na cultura, a partir da linguagem e da escrita, onde temos modos de formação de sentidos dos fatos”.
Nessa esteira de compreensão, a autora explora com profundidade a relação memória e informação cotidiana. Considerando que os sujeitos constituem, em suas vivências, lembranças de si e de outrem, uma vez que não há acontecimentos fora dos quadros de tempo, do espaço das pessoas e sujeitos, marcas indissociáveis, esses criam enunciados que refletem um dado contexto e significado. Tudo isso corrobora a fundamentação da informação cotidiana, cerne da ação que envolve lugar e pessoas que diretamente
produzem o acontecido. Foi pautada por essa compreensão que a autora mergulha no passado varrendo o pó do tempo, possibilitando retirar do silenciamento o percurso da cultura informacional no período estadonovista. Período que calou e ocultou
vozes discordantes por meio dos aparelhos de Estado a partir do jornal A República, fonte tutelada pelo Governo. Nessa trilha de descoberta, a autora tece suas análises com base no entendimento da fonte jornalística como necessária e imprescindível à compreensão histórica do momento. (Bernardina Maria Juvenal Freire de Oliveira)
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