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Ex-líbris: pequeno artefato artístico

2024-12-18T20:50:24+00:00

A exposição Ex-líbris: pequeno artefato artístico nasceu em um momento que os ex-líbris ganharam novo fôlego na cultura nacional. Por isso, esta foi uma ação criada como um dos resultados do projeto de extensão Ex-líbris e as técnicas de gravuras, realizado em parceria entre a Seção de Obras Raras da Biblioteca Central (BCE) da Universidade de Brasília (UnB) e o professor de Calcogravura do Instituto de Artes (IdA), Eduardo Belga. Projeto este, que buscou se juntar a outras iniciativas de promoção ao acesso, produção e ampliação do conhecimento sobre estes objetos. Os ex-líbris representam uma longa tradição de marcação de propriedade em livros. Eles são usados desde o século XV e na contemporaneidade correspondem a uma etiqueta geralmente de papel e frequentemente ornamentada, acompanhada da expressão latina ex libris (que em português significa “dos livros de”) e do nome do proprietário do livro. Neste sentido, os exlíbris também agregam a representação dos gostos pessoais, ou mesmo de parte da personalidade do seu possuidor, sendo um artefato carregado de memória e considerado por muitos como um pequeno objeto de arte. A coleção de ex-líbris da Seção de Obras Raras atualmente contém mais de 5 mil exemplares. O início deste acervo provavelmente se deu a partir das bibliotecas particulares adquiridas pela universidade entre as décadas de 1960 e 1980. Pois, observa-se nesta coleção de exlíbris 415 itens que pertenceram ao político e jurista Homero Pires, cuja biblioteca pessoal foi adquirida pela UnB em 1963. Na década de 1990 esta coleção foi organizada pela professora Stella Maris Bertinazzo (IDA) e alguns bolsistas. Neste período, além da organização da coleção, ela também promoveu exposições e realizou publicações sobre estes objetos, estimulando ainda que os seus alunos produzissem ex-líbris. No seu livro Ex libris: pequeno objeto de desejo há um capítulo inteiro dedicado à coleção da BCE. Em 2018, esta coleção se ampliou, pois cerca de 3.600 itens do artista e colecionador de ex-líbris Jorge de Oliveira também passou a integrar o acervo da BCE. Ao mesmo tempo que a Stella Maris, Jorge de Oliveira movimentou o cenário do ex-librismo nacional, participando e organizando exposições e criando mais de 300 ex-líbris em sua carreira. Inclusive os dois trocavam correspondências sobre o tema. O referido projeto de extensão Ex-líbris e as técnicas de gravuras buscou ampliar o entendimento sobre os ex-líbris ao longo do ano de 2024, a partir de aulas expositivas sobre sua história e características, e do estímulo à produção de novos exemplares. Confeccionaram os exlíbris expostos ao público os alunos da disciplina de Calcogravura e os participantes do projeto de extensão Gravura Antiutópica, que conta com um grupo de professores, alunos e ex-alunos que objetivam consolidar a produção, pesquisa e ensino de gravura no âmbito da UnB. O presente catálogo apresenta, portanto, os resultados destes esforços e parcerias, tentando manter o legado da Stella Maris e do Jorge de Oliveira, e a tradição da UnB no ex-librismo nacional. Neste sentido, a exposição Ex-líbris: pequeno artefato artístico disponibilizou ao público para visitação aberta 114 ex-líbris e 10 publicações sobre o tema, como catálogos de exposições e boletins de associações. Portanto, entre os dias 16 de setembro e 04 de outubro, os visitantes puderam apreciar não somente os 46 ex-líbris elaborados pelos alunos de graduação e também pelos membros do Gravura Antiutópica, como ainda exemplares do acervo da própria Seção de Obras Raras. É importante destacar que a possibilidade de acesso aos exemplares físicos expostos e aqui apresentados, não se encerra com o fim da exposição. Pois, todos eles são parte integrante da coleção de obras raras da BCE, que mantém um rico acervo aberto a pesquisadores do mundo inteiro.

Raphael Diego Greenhalgh
Eduardo Lustosa Belga

Referência bibliográfica:

GREENHALGH, Raphael; BELGA, Eduardo; LOURENÇO, Neria; MAXIMILIEN, André (org.). Ex-líbris: pequeno artefato artístico. Brasília: Universidade de Brasília, Biblioteca Central, 2024. Ebook (67 p., il.).

Metodologias ativas no ensino de geografia

2024-12-09T17:26:52+00:00

O livro reúne estudos que abordam reflexões, desafios e possibilidades para o ensino da Geografia por meio de práticas e metodologias participativas que estimulam a ação dos estudantes. As experiências obtidas pelos autores no ensino de Geografia Física com o emprego de metodologias ativas - como a rotação por estações, a elaboração de maquetes sobre os biomas brasileiros, além da utilização de obras musicais, artes plásticas e charges - são compartilhadas nesta obra com o intuito de estimular educadores a promover o interesse e a autonomia dos alunos dentro e fora da sala de aula.

Referência bibliográfica: RIBEIRO, Tatiana Rolim Soares et al. (org.). Metodologias ativas no ensino da geografia. Brasília: Universidade de Brasília, Departamento de Geografia, 2024. E-book (295 p., il.).

Dor em recém-nascidos: dos mecanismos às repercussões em longo prazo

2024-12-09T20:12:00+00:00

Este livro apresenta o estado da arte sobre a dor no feto e no recém-nascido prematuro e o de termo. Ele tem a meta de cooperar com a difícil tarefa de compreender o fenômeno do processamento da informação dolorosa em seres humanos numa faixa etária tão especial do desenvolvimento neurológico e busca ajudar os pequenos pacientes, seus pais e as equipes de saúde que os acompanham a passar pela experiência dolorosa com o menor impacto negativo possível.

Referência bibliográfica:

JESUS, José Alfredo Lacerda de; TRISTÃO, Rosana Maria (org.). Dor em recém-nascidos: dos mecanismos às repercussões em longo prazo. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2024. Ebook (299 p., il.).

Obras raras da Biblioteca Central da Universidade de Brasília: séculos XVI e XVII

2024-12-09T18:53:20+00:00

A despeito da variedade tipológica do acervo de obras raras preservado na Biblioteca Central da Universidade de Brasília, o objetivo inicial deste Catálogo de Obras raras da Universidade de Brasília – Séculos XVI e XVII foi fazer o levantamento completo da coleção de impressos a partir de uma perspectiva cronológica, motivo pelo qual se registra apenas as obras datadas até o ano de 1700. Além de apresentar a descrição bibliográfica de 152 obras raras que integram o acervo da UnB, o catálogo ainda traz 25 breves artigos analíticos escritos por pesquisadoras e pesquisadores vinculados a diversas universidades brasileiras e europeias. Nesse sentido, a obra desperta três interesses editoriais mais evidentes, a saber: o interesse institucional de divulgação do patrimônio da universidade, o interessebibliográfico de registro das peças preservadas na instituição e o interesse acadêmico relacionado às análises apresentadas nos artigos que integram o catálogo. Informa-se ainda que o estudo, a descrição e o manuseio cautelosos das peças resultou em uma série de descobertas relevantes, dentre as quais destacam-se a identificação da peça impressa mais antiga pertencente ao acervo da UnB. A análise atenta da configuração material dos volumes também revelou a presença de fragmentos de obras impressas e manuscritos mais antigos reaproveitados para estruturar a encadernação de alguns exemplares, como registrado nas páginas do catálogo. Assim, a obra não apenas registra e descreve os títulos impressos nos séculos XVI e XVII que integram o acervo da UnB. Ela igualmente expõe asmarcas de produção, uso e proveniência por meio das quais é possível compreender a história dos artefatos impressos.

Referência bibliográfica: ARAÚJO, André de Melo; LOURENÇO, Néria; GREENHALGH, Raphael Diego (org.). Obras raras da Biblioteca Central da Universidade de Brasília: séculos XVI e XVII. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2024. Ebook (241 p., il.).

Planos utópicos: concretude e subjetividade da cidade

2024-11-13T19:05:01+00:00

O GEPPA/CNPq – Grupo de Estudos, Pesquisas e Práticas Artísticas, dedicado a abordagens práticas e teóricas em diversas linguagens artísticas, amplia o estudo da arte contemporânea, explorando o espaço em suas múltiplas dimensões, conectando-o ao corpo, natureza, cidade e linguagem. Composto por pesquisadores, professores da Universidade de Brasília (UnB); Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB); da Universidade Federal de Uberlândia (UFU); do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), bem como por discentes do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade de Brasília e bolsistas de Iniciação Científica. O grupo promove diálogos entre linguagens artísticas, consolidando-se por meio de atividades culturais, exposições, oficinas e publicações. Suas pesquisas se dividem em três linhas: cidade e natureza, linguagem e matéria, corpo e memória, explorando o conceito de espaço. O GEPPA busca amalgamar essas questões em uma investigação coletiva, construindo um pensamento fundamentado na partilha de linguagens e na construção de pensamentos analíticos sobre o fazer artístico.

Planos utópicos, exposição realizada no Museu Universitário de Arte (MUnA) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), entre 25 de agosto a 22 de outubro de 2023, elege Brasília como lugar de encontro, celebração e problematização da materialidade e imaginário de uma urbe projetada e construída desde um desenho ideal. Brasília, um ponto de paragem de vidas e subjetividades de artistas/pesquisadores que escolheram a Universidade de Brasília (UnB) como morada, campo de estudo e experimentação artística para explorarem seus repertórios em conexão prolongada com o microcosmo acadêmico e com esse outro coletivo cheio de nuances, a cidade utópica.

Como coordenadora do GEPPA e artista participante da exposição que conta com a curadoria de Capra Maia, convoco memórias e comunhões técnicas que vão do meu lugar como professora e interlocutora destes artistas para mais uma cena inaugural que é esse nosso movimento coletivo, cheio de afeto, de produção e circulação de obras, pensamentos e corpos pelo mundo, agora na minha terra, Minas Gerais.
Nivalda Assunção
Coordenadora do GEPPA